Por que precisamos falar sobre o câncer de intestino – e como a alimentação pode ajudar na prevenção

O câncer de intestino, também chamado de câncer colorretal, já é o terceiro tipo de câncer mais comum entre os homens brasileiros (atrás apenas do de próstata e pulmão) e o segundo entre as mulheres (ficando atrás apenas do câncer de mama). Mas o que tem chamado cada vez mais atenção é o aumento da incidência entre os jovens.

De acordo com o oncologista Dr. Maurício Peressoni, da Clínica Soma, a prevenção precisa voltar ao centro das nossas conversas sobre saúde. E um dos caminhos mais importantes para isso começa no prato.

“Ainda há muitas perguntas a serem respondidas sobre o aumento desse tipo de tumor entre os mais jovens, mas sabemos que a alimentação está entre os principais fatores modificáveis que influenciam esse risco”, explica o médico.

A alimentação e os riscos
Estudos científicos apontam que o consumo frequente de alimentos ultraprocessados, associado à obesidade, ao tabagismo e ao estresse, pode estar entre os principais fatores para o desenvolvimento do câncer de intestino.

Mas afinal, o que são alimentos ultraprocessados?

Entenda os tipos de alimentos, segundo a classificação NOVA da USP:
In natura ou minimamente processados: alimentos que passam por alterações mínimas, como limpeza, secagem, congelamento ou pasteurização. Exemplos: frutas, legumes, arroz integral, ovos, leite, carnes frescas.

Processados: são alimentos in natura com adição de sal, açúcar ou outra substância culinária. Exemplos: pão caseiro, queijos, frutas em calda, conservas.

Ultraprocessados: formulados industrialmente com muitos ingredientes e aditivos, como corantes, aromatizantes e conservantes. Exemplos: refrigerantes, salgadinhos, embutidos, biscoitos recheados, cereais matinais, refeições prontas congeladas.

Por que evitar os ultraprocessados?
O consumo frequente de alimentos ultraprocessados está associado a:

Maior risco de obesidade, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, câncer colorretal e síndrome metabólica;

Baixo valor nutricional, com pouca fibra, excesso de calorias vazias, sódio e gordura trans;

Agressão ao microbioma intestinal (a comunidade de bactérias benéficas que vivem no nosso intestino);

Estímulo a comportamentos compulsivos com a comida, o que dificulta a alimentação consciente e saudável.

Prevenir é mais simples do que parece
Segundo o Dr. Maurício Peressoni, uma alimentação rica em vegetais, frutas, grãos integrais e pobre em produtos industrializados já é um passo importante na prevenção não só do câncer de intestino, mas de diversas outras doenças crônicas.

“A prevenção está nas escolhas do dia a dia. Comer bem, manter uma rotina de exercícios, evitar o tabaco, reduzir o estresse e realizar os exames de rastreamento quando indicados fazem uma enorme diferença”, reforça.

Quando procurar ajuda?
Falar sobre prevenção também é estar atento aos sinais. Alterações no hábito intestinal, presença de sangue nas fezes, dor abdominal persistente e perda de peso sem causa aparente devem ser investigadas por um especialista.

Na Clínica Soma, acreditamos que informação e acolhimento caminham juntos. Por isso, seguimos ao lado dos nossos pacientes, promovendo a saúde e o cuidado integral em cada etapa.