O câncer de próstata é o segundo tipo mais comum de câncer entre os homens em
todo o país, ficando atrás apenas dos tumores de pele não melanoma. Estima-se que ocorram cerca de 71.730 novos casos anualmente no Brasil, no período de 2023 a 2025. Infelizmente, essa doença é a segunda principal causa de morte por câncer entre homens, especialmente após os 50 anos de idade, o que destaca sua importância no contexto epidemiológico do país.
Inicialmente, esse tipo de câncer pode não apresentar sintomas, o que torna ainda mais importante que os homens consultem regularmente um urologista a partir dos 50 anos, ou até mesmo aos 45 anos se houver histórico familiar da doença. À medida que o tumor cresce, porém, podem surgir sintomas como dificuldade para urinar, sensação constante de bexiga cheia e dor ao urinar.
Esses sinais são um alerta para a necessidade de buscar ajuda médica. O câncer de próstata se desenvolve de forma lenta, por isso é fundamental estar atento e realizar exames que avaliem a saúde da próstata e o risco de câncer.
Os sintomas do câncer de próstata podem variar, mas é importante ficar atento a alguns sinais como:
vontade frequente para urinar,
dificuldade para iniciar a micção e jato de urina fraco,
dor ao urinar ou ao ejacular,
dificuldade para manter a ereção,
presença de sangue na urina ou no sêmen,
sensação de esvaziamento incompleto da bexiga
e dor na região dos testículos.
Caso o câncer se espalhe para outros órgãos, podem surgir sintomas como dor óssea, inchaço nas pernas, dor no abdômen, tosse, cansaço excessivo, perda de peso sem motivo aparente ou mal-estar geral.
O diagnóstico do câncer de próstata é realizado pelo urologista, que avalia os sintomas, histórico de saúde e histórico familiar do paciente. Além disso, são solicitados exames como dosagem do PSA livre e total no sangue, teste de PCA3 na urina e exame de toque retal. Caso haja alterações nos resultados, pode ser necessário realizar uma biópsia da próstata para confirmar o diagnóstico.
As causas do câncer de próstata estão relacionadas a mutações no DNA das células da próstata, que começam a se multiplicar de forma anormal. Alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolver a doença, como histórico familiar, idade acima de 50 anos, dieta pouco equilibrada e rica em gorduras ou cálcio, obesidade, excesso de peso e níveis elevados de testosterona. É importante ressaltar que homens de etnia afro-americana têm duas vezes mais chances de desenvolver câncer de próstata do que homens de outras etnias.
Diante dessas informações, fica claro que a prevenção e o diagnóstico precoce são fundamentais para combater o câncer de próstata. Portanto, não deixe de consultar regularmente um urologista e realizar os exames necessários. Sua saúde está em suas mãos.
O tratamento para câncer de próstata é uma questão delicada e deve ser cuidadosamente planejado pelo oncologista. É importante considerar a idade do paciente, a gravidade da doença e a presença de outras condições médicas.
Aqui estão algumas opções de tratamento que podem ser recomendadas:
1. Acompanhamento médico regular: Para casos de câncer de próstata de baixo grau, que se desenvolvem lentamente, especialmente em idosos assintomáticos ou em homens com expectativa de vida de 10 anos ou menos, o acompanhamento médico regular pode ser indicado. Consultas regulares com urologista e/ou oncologista, além de exames de sangue, toque retal e biópsia, são necessários para monitorar a progressão do tumor. 2. Cirurgia: A prostatectomia radial, que é a remoção completa da próstata, é o tratamento recomendado para casos de câncer de próstata confinados à glândula. O objetivo é curar o câncer e evitar que se espalhe para outros órgãos, formando metástases. Em casos avançados, a cirurgia pode ser combinada com outros tratamentos.
3. Radioterapia: A radioterapia é utilizada para eliminar ou reduzir o crescimento das células cancerígenas. Pode ser indicada como complemento à cirurgia ou como alternativa quando o tumor está confinado à próstata. Existem diferentes formas de radioterapia, como a externa (feixes de radiação emitidos por uma máquina) e a interna (braquiterapia, onde o material radioativo é colocado próximo ao câncer). O tipo de radioterapia depende do estágio do tumor. 4. Terapia ablativa: A terapia ablativa destrói os tecidos da próstata utilizando gás frio ou calor. Pode ser uma opção para casos de câncer de próstata pequenos em que a cirurgia não é possível ou quando a radioterapia não obteve bons resultados.
5. Hormonioterapia: A hormonioterapia é utilizada para impedir o crescimento do tumor. Pode ser feita com medicamentos que bloqueiam a produção de testosterona ou a ligação da testosterona às células cancerígenas.
6. Quimioterapia: A quimioterapia consiste na administração de medicamentos diretamente na veia para destruir as células cancerígenas. É indicada para casos mais avançados e pode ser combinada com a hormonioterapia, conforme a orientação do oncologista.
É importante ressaltar que a cura do câncer de próstata é possível quando diagnosticado precocemente e localizado apenas na próstata. No entanto, em casos mais avançados, outros tratamentos podem ser necessários para garantir a eliminação completa das células cancerígenas. Sempre consulte um profissional de saúde para obter o melhor tratamento para o seu caso específico. Fonte: Inca
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