Doença autoimune e Coronavírus: como os pacientes devem proceder no momento da pandemia do Covid-19?
Preparamos um artigo que vai orientar o paciente com doença autoimune sobre as medidas que devem ser adotadas nesse período de pandemia de infecção pelo SARS-Cov-2, novo Coronavírus 2019, e causador da doença COVID-19.
Ouça este conteúdo: https://clinicasoma.com.br/wp-content/uploads/2020/05/Pacientes-com-doença-autoimune-e-o-coronavírus.mp3
Isso, pois frente ao início da transmissão comunitária do país, é fundamental estar ciente dos esclarecimentos e orientações sobre o tema para a proteção dos pacientes com doenças autoimunes.
A iniciativa do estudo abordado é da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal do Brasil (GEDIIB). Confira:
O que é coronavírus?
O coronavírus é um tipo de vírus RNA envelopado, que se distribui amplamente entre os humanos e outros mamíferos, além dos pássaros. É um vírus que causa sintomas neurológicos, gastrointestinais e respiratórios.
Atualmente, são conhecidas seis espécies de coronavírus que desencadeiam respectivas doenças em seres humanos, como as já conhecidas Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS-COV) e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS-CoV).
O chamado novo coronavírus 2019 (SARS-Cov-2) é um vírus diferente desses primeiros mencionados, pois causa a doença COVID-19.
Como é a propagação do vírus?
De forma geral, podemos dizer que o vírus SARS-Cov-19 se propaga de forma muito semelhante à gripe.
Ou seja, quando uma pessoa infectada pelo vírus espirra ou tosse, acaba por liberar gotículas de líquido infectado. Dessa forma, essas gotículas se espalham por superfícies e objetos próximos, como maçanetas, telefones, mesas e tantos outros.
A contaminação acontece quando há toque nesses objetos e superfícies contaminados e, logo em seguida, a pessoa alcança os olhos, nariz ou boca.
Além disso, quando uma pessoa infectada pelo vírus se mantém a menos de um metro de uma pessoa não infectada, as chances de que haja a transmissão do vírus é grande, já que a contaminação se dá também pela inalação de gotículas infectadas pelo vírus.
COVID-19: o que precisamos saber sobre a doença?
Podemos dizer que a doença pode se apresentar como leve ou moderada, dependendo do caso. De qualquer forma, a incidência dos sintomas se manifestam por:
febre;
dificuldade para respirar;
fadiga;
tosse seca;
coriza;
dores no corpo;
congestão nasal;
dor de garganta;
diarreia;
náuseas e vômitos.
No entanto, algumas pessoas infectadas não manifestam nenhum tipo de sintoma ou mal-estar e se recuperam sem a necessidade de tratamento.
O fato é que mesmo as pessoas infectadas que não apresentam sintomas, continuam a transmitir o vírus e, dessa forma, podem disseminá-lo para o grupo de risco, o que é o maior problema.
Qual é o grupo de risco para o COVID-19?
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o grupo de risco para a doença COVID-19 são, principalmente, os indivíduos com mais de 60 anos, além dos portadores de:
hipertensão arterial;
obesidade;
asma;
doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC);
enfermidades hematológicas, como doença renal crônica.
Além disso, os pacientes imunossuprimidos, ou seja, aqueles que apresentam o sistema imunológico enfraquecido, também correspondem ao grupo de risco.
Dessa forma, os pacientes com câncer e portadores de doenças autoimunes também se enquadram nos grupos de risco e merecem maior cuidado para evitar a contaminação.
Como os pacientes com doenças autoimunes são afetados pela doença?
Primeiramente, é fundamental que o paciente entre em contato com o seu médico e ouça as suas orientações imediatas.
Por estarem incluídos no grupo de risco, é fundamental que se atentem às regras de higiene para evitar a contaminação. Dentre as recomendações, podemos citar como as mais importantes:
evitar aglomerações de pessoas;
manter distância de quem apresenta sintomas de infecção respiratória;
tossir ou espirrar com o antebraço em frente a boca;
lavar as mãos frequentemente com água e sabão;
fazer uso do álcool em gel após o contato com superfícies e pessoas.
De qualquer forma, é muito importante que o paciente converse com um especialista, já que existem algumas medidas que podem ser orientadas quanto aos medicamentos imunobiológicos.
Os portadores com doenças autoimunes devem seguir com o tratamento?
Até o momento, não existem informações suficientes sobre o efeito dos imunobiológicos em pacientes que entraram em contato com o coronavírus.
Por isso, as medicações devem ser mantidas conforme prescrição do médico que faz o seguimento do paciente.
No entanto, caso os pacientes em uso de imunobiológicos manifestarem algum dos sintomas, devem procurar imediatamente o especialista para receber as devidas orientações de como proceder com os medicamentos.
Obviamente, cada caso é um caso e deve ser analisado individualmente. Por isso, é fundamental manter a saúde bem monitorada e não deixar de tirar todas as dúvidas com o especialista acompanhante de cada situação.
Comments