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Pacientes com doença autoimune e o coronavírus

Doença autoimune e Coronavírus: como os pacientes devem proceder no momento da pandemia do Covid-19?

Preparamos um artigo que vai orientar o paciente com doença autoimune sobre as medidas que devem ser adotadas nesse período de pandemia de infecção pelo SARS-Cov-2, novo Coronavírus 2019, e causador da doença COVID-19.  

Isso, pois frente ao início da transmissão comunitária do país, é fundamental estar ciente dos esclarecimentos e orientações sobre o tema para a proteção dos pacientes com doenças autoimunes.

A iniciativa do estudo abordado é da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal do Brasil (GEDIIB). Confira:

O que é coronavírus?

O coronavírus é um tipo de vírus RNA envelopado, que se distribui amplamente entre os humanos e outros mamíferos, além dos pássaros. É um vírus que causa sintomas neurológicos, gastrointestinais e respiratórios.

Atualmente, são conhecidas seis espécies de coronavírus que desencadeiam respectivas doenças em seres humanos, como as já conhecidas Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS-COV) e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS-CoV).

O chamado novo coronavírus 2019 (SARS-Cov-2) é um vírus diferente desses primeiros mencionados, pois causa a doença COVID-19.

Como é a propagação do vírus?

De forma geral, podemos dizer que o vírus SARS-Cov-19 se propaga de forma muito semelhante à gripe.

Ou seja, quando uma pessoa infectada pelo vírus espirra ou tosse, acaba por liberar gotículas de líquido infectado. Dessa forma, essas gotículas se espalham por superfícies e objetos próximos, como maçanetas, telefones, mesas e tantos outros.  

A contaminação acontece quando há toque nesses objetos e superfícies contaminados e, logo em seguida, a pessoa alcança os olhos, nariz ou boca.

Além disso, quando uma pessoa infectada pelo vírus se mantém a menos de um metro de uma pessoa não infectada, as chances de que haja a transmissão do vírus é grande, já que a contaminação se dá também pela inalação de gotículas infectadas pelo vírus.

COVID-19: o que precisamos saber sobre a doença?

Podemos dizer que a doença pode se apresentar como leve ou moderada, dependendo do caso. De qualquer forma, a incidência dos sintomas se manifestam por:

  1. febre;

  2. dificuldade para respirar;

  3. fadiga;

  4. tosse seca;

  5. coriza;

  6. dores no corpo;

  7. congestão nasal;

  8. dor de garganta;

  9. diarreia;

  10. náuseas e vômitos.

No entanto, algumas pessoas infectadas não manifestam nenhum tipo de sintoma ou mal-estar e se recuperam sem a necessidade de tratamento. 

O fato é que mesmo as pessoas infectadas que não apresentam sintomas, continuam a transmitir o vírus e, dessa forma, podem disseminá-lo para o grupo de risco, o que é o maior problema. 

Qual é o grupo de risco para o COVID-19?

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o grupo de risco para a doença COVID-19 são, principalmente, os indivíduos com mais de 60 anos, além dos portadores de:

  1. diabetes;

  2. hipertensão arterial;

  3. obesidade;

  4. asma;

  5. doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC);

  6. enfermidades hematológicas, como doença renal crônica.

Além disso, os pacientes imunossuprimidos, ou seja, aqueles que apresentam o sistema imunológico enfraquecido, também correspondem ao grupo de risco. 

Dessa forma, os pacientes com câncer e portadores de doenças autoimunes também se enquadram nos grupos de risco e merecem maior cuidado para evitar a contaminação.

Como os pacientes com doenças autoimunes são afetados pela doença?

Primeiramente, é fundamental que o paciente entre em contato com o seu médico e ouça as suas orientações imediatas. 

Por estarem incluídos no grupo de risco, é fundamental que se atentem às regras de higiene para evitar a contaminação. Dentre as recomendações, podemos citar como as mais importantes: 

  1. evitar aglomerações de pessoas;

  2. manter distância de quem apresenta sintomas de infecção respiratória;

  3. tossir ou espirrar com o antebraço em frente a boca;

  4. lavar as mãos frequentemente com água e sabão;

  5. fazer uso do álcool em gel após o contato com superfícies e pessoas.

De qualquer forma, é muito importante que o paciente converse com um especialista, já que existem algumas medidas que podem ser orientadas quanto aos medicamentos imunobiológicos

Os portadores com doenças autoimunes devem seguir com o tratamento?

Até o momento, não existem informações suficientes sobre o efeito dos imunobiológicos em pacientes que entraram em contato com o coronavírus.  

Por isso, as medicações devem ser mantidas conforme prescrição do médico que faz o seguimento do paciente. 

No entanto, caso os pacientes em uso de imunobiológicos manifestarem algum dos sintomas, devem procurar imediatamente o especialista para receber as devidas orientações de como proceder com os medicamentos. 

Obviamente, cada caso é um caso e deve ser analisado individualmente. Por isso, é fundamental manter a saúde bem monitorada e não deixar de tirar todas as dúvidas com o especialista acompanhante de cada situação.

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