Lúpus é a manifestação de uma doença autoimune, ou seja, aquela em que o sistema imunológico ataca o próprio organismo. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o lúpus acomete mais mulheres do que homens e mais adultos jovens, em relação aos idosos e crianças. Diz respeito a uma doença crônica, em que seus cuidados exigem continuidade de tratamento e monitorização da atividade e progressão da doença.
Geralmente, sua manifestação é na pele, por isso, pode ser chamada de Lúpus Erimatoso Sistêmico (LES), embora também possa atacar órgãos internos.
Neste artigo, apresentamos mais detalhes sobre a doença.
Como o lúpus pode se manifestar?
Por ser uma doença autoimune, o lúpus agride o sistema imunológico e desorganiza a produção de anticorpos e os respectivos mecanismos de defesa do organismo. Assim, é possível que o lúpus se manifeste de duas maneiras distintas:
lúpus cutâneo: quando acomete a pele principalmente, levando à manifestação de manchas avermelhadas ou eritematosas, especialmente em áreas que ficam expostas à luz solar, como a face, braços, orelhas e colo;
lúpus sistêmico: quando a doença acomete um ou mais órgãos internos, como como articulações, coração, rim, cérebro e pulmão.
Por conta disso, existem vários sintomas que vão variando de acordo com a fase da doença.
Quais são os sintomas do lúpus?
Para diagnosticar a presença de lúpus, é importante realizar um conjunto de exames clínicos e laboratoriais, com o acompanhamento de um especialista. É fundamental que o conjunto de manifestações sejam considerados para o diagnóstico e não apenas sintomas isolados.
Dessa forma, os sintomas averiguados serão avaliados de acordo com o tipo de lúpus, assim como a fase de atividade da doença. É importante orientar que os sintomas podem aparecer simultaneamente ou de maneira sequencial. São eles:
sensibilidade ao sol nas áreas mais expostas;
manchas avermelhadas que descamam facilmente;
queda de cabelo;
emagrecimento;
perda de apetite;
febre;
cansaço;
desânimo;
inflamações na pele, articulações, nervos, rins, cérebro, membrana que recobre o pulmão (pleura) e membrana que recobre o coração (pericárdio);
manifestações nos olhos;
aumento do fígado, baço e gânglios podem surgir na fase mais ativa da doença;
lesões na pele, principalmente as avermelhadas nas maçãs do rosto e dorso do nariz;
diminuição das células do sangue (leucócitos, hemácias, linfócitos e plaquetas);
convulsões;
Fique atento aos sintomas da doença, pois quanto antes você tiver um diagnóstico, melhores são as chances do tratamento funcionar para ter uma vida normal.
Como tratar o lúpus?
Para tratar o lúpus, será importante que o especialista verifique a manifestação relatada pelo paciente, além de considerar o tipo de lúpus em questão.
Dessa maneira, o tratamento irá priorizar o controle da atividade da doença, buscando amenizar os efeitos colaterais dos medicamentos, no intuito de trazer bem-estar aos portadores da doença. Ainda assim, algumas medidas podem ser necessárias no tratamento da doença, tais como:
uso de medicamentos que diminuam a inflamação no organismo para os órgãos internos afetados;
uso medicamentoso de cremes e injeções locais que diminuem a inflamação cutânea;
Protetor solar para as lesões de pele;
para casos em que a doença atingiu os pulmões, rins e cérebro, será necessário o uso de medicamentos imunossupressores, que muitas vezes, requerem infusões venosas ou internação hospitalar;
acompanhamento de uma equipe multidisciplinar com neurologistas, nefrologistas, pneumologistas, reumatologistas, dermatologistas e psicólogos será de suma importância.
Por isso, é fundamental que o tratamento seja completamente individualizado e específico para cada caso. Assim, é indispensável considerar um acompanhamento eficaz por uma clínica de confiança e que proporcione uma aproximação com o paciente, além da eficiência do tratamento.
A importância de uma equipe multidisciplinar
É essencial frisar essa etapa como parte primordial no diagnóstico, tratamento e controle do lúpus. Uma equipe multidisciplinar é formada por um conjunto de profissionais que tem como único objetivo a melhora do paciente.
Os benefícios são muitos, afinal, quando colocamos mais pessoas para resolver um problema, maiores são as chances de encontrar uma solução. A troca de informação é mais rápida o que facilita as decisões, além de ser algo bem organizado e com feedbacks mais positivos.
Dicas para os pacientes com lúpus
Portadores de lúpus precisam sempre estar mais atentos aos cuidados com a saúde, a fim de não trazer complicações mais graves, por isso, separamos algumas dicas e cuidados para o cuidado com a saúde. Confira:
descanse bastante;
evite se expor ao sol e se precisar, use protetor solar;
pratique atividades físicas regularmente;
não fume;
evite consumir bebidas alcoólicas;
mantenha sua alimentação saudável. Ter uma dieta balanceada é essencial.
Todo o cuidado é pouco quando falarmos sobre lúpus, afinal, não existe uma forma de se prevenir dessa doença.
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