A síndrome dos ovários policísticos (PCOS) é uma condição que afeta de 6% a 10% das mulheres em idades reprodutivas.
Embora 30% das mulheres possam desenvolver cistos nos ovários (pequenas bolsas com materiais líquidos ou semi-sólidos), nem sempre isso é sinal da síndrome de ovários policísticos, pois a doença não é diagnosticada apenas com métodos de imagem.
A PCOS acomete principalmente mulheres entre 30 a 40 anos. Atualmente, estima-se que haja mais de 2 milhões de pacientes com essa condição.
No artigo de hoje, conheça mais sobre a síndrome de ovários policísticos, os fatores de risco, diagnóstico e principais tratamentos.
O que é a síndrome de ovários policísticos?
Disfunção ovulatória (alteração dos ciclos menstrual) e hiperandrogenismo (clínico, quando a paciente apresenta acne e excesso de pelos; por exemplo e/ou laboratorial quando há aumento de hormônios androgênicos, como a testosterona na corrente sanguínea).
Quais as causas dos ovários policísticos?
A síndrome dos ovários policísticos pode ter diferentes causas, tanto genéticas como ambientais.
O eixo hipotálamo-hipófise-ovário encontra-se desregulado, aumentando a produção ovariana de androgênios, levando a uma maior conversão periférica em estrogênio.
Esse aumento secundário do estrogênio, sem a interferência da progesterona pode levar a hiperplasia de endométrio, tornando a mulher mais susceptível ao câncer de endométrio.
Quais os sintomas da síndrome dos ovários policísticos?
É bem comum que a síndrome de ovários policísticos seja assintomática. No entanto, algumas alterações no organismo podem indicar a doença, principalmente com relação às alterações nos ciclos menstruais. É comum que a mulher com PCOS menstrue poucas vezes ao ano, além da presença de sangramento intenso durante a menstruação.
Entre outros sintomas associados à síndrome dos ovários policísticos, destacam-se:
Hirsutismo (crescimento anormal de pelo no rosto, seios e abdômen); é o sintoma mais associado com a PCOS, já que há um aumento da produção dos hormônios masculinos.
Obesidade (há uma tendência maior para o ganho de peso) e distúrbios metabólicos, incluindo maior predisposição ao diabetes, alterações no colesterol e hipertensão arterial.
Acne (maior produção de óleo pelas glândulas sebáceas);
Infertilidade devido ao aumento dos hormônios masculinos que dificulta o amadurecimento dos óvulos (ovulação)
Queda de cabelo.
Diagnóstico:
Será feito através do exame físico, laboratorial e imagem (USG).
Como é o tratamento?
Hábitos de vida saudáveis, com uma alimentação equilibrada, prática de exercícios físicos regularmente, evitar excesso de álcool. Não fumar.
Hirsutismo pode ser tratado com métodos diretos de remoção de pelos – laser, por exemplo. Associado a medicamentos como anticoncepcionais e antiandrogenicos (ex.: espironolactona).
A metformina pode ser usada tanto para a resistênciainsulínica, como para induzir a ovulação.
Pacientes com infertilidade, podem precisar usar o clomifeno.
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